Teutonia 200 - Serie 2015

 


 

Depois de ficar mais de meio ano sem pedalar e com uma lesão no joelho, comecei a treinar novamente. Distancias curtas, 30Km diários no máximo, até me sentir confortável novamente. Mudei algumas coisas nos meus treinos, principalmente a velocidade, sempre fui em um ritmo confortável para simplesmente Brevetar agora comecei a fazer os trajetos com mais velocidade, depois de 2 meses pedalando 3 vezes por semana com 60 Km diários resolvi fazer a inscrição para o BRM mais casca do RS (na minha opinião) o TEUTONIA 200, antes fiz o desafio da Vó 65Km de muita velocidade para esticar de vez os musculos.

Mas vamos ao que interessa:

Esse BRM vale muito, a organização é um caso aparte, evento organizado por quem pedala já diz tudo, as pequenas coisas valem muito (falo por mim), desde o excelente BRIEFING, a MEDALHA (cara dá gosto pedalar 200Km e ter aquela medalha no peito), o certificado...é tudo muito bom, sem contar o fato de uma parte do valor arrecado ter sido destinado há o corpo de bombeiro voluntários...no 200 do ano passado lembro que também foi doado um valor para eles e no de 300 um valor foi destinado ao Ruimar que estava enfermo...então digo R$ 60,00 é muito barato.

Sai de POA em direção a Teutônia por volta das 18:30, resolvi fazer os 200Km com a minha Caloi Strada que acabou sendo a minha companheira de treinos nesse periodo pós hibernação, pois minha bike de Audax estava para regulagem, sabia que sofreria nas famosas subidas do Vale do Taquari, mas melhor não arriscar e trocar de bike no dia da prova. Cheguei bem na hora do briefing, peguei o meu KIT (o calendário ficou muito show), vi a palestra e me toquei para achar a pousada onde ficaríamos hospedados eu e a Lucia.

Devidamente hospedados fomos comer uma pizza, bicicleta montada, banho tomado e o sono dos anjos, coloquei o despertador para as 4 horas ehhhhhhhhhhhhhhhhhh.....não tocou, acordei as 04:30, tomei o café (colonial)e fui pedalando até o COLÉGIO TEUTONIA lugar da largada.

Cheguei eram 05:10, fiz a vistoria (sim houve uma vistoria de verdade) e sentei para uma concentração básica, encontrei o Daniel Scartezzini e demos uma conversada, avistei um pessoal que já pedalei junto, tiramos uma foto e exatamente as 06 horas da manhã o sino da Igreja tocou, era dada largada.

Saímos em direção a Paverama, aqui o pedal flui, pois 99% do lugar tem um ótimo asfalto, o lugar é muito bonito mas se engana que pedalar ali é fácil pois se passa o trajeto todo pedalando e a cadência é alta, o começo do dia apresentou um friozinho bem-bom e a neblina nos campos em direção a Paverama dava um cenário todo especial para o pedal, depois de um asfalto excelente, uns paralelepípedos (parecia que estávamos no TPARIS ROUBAIX) e algumas subidas (um aperitivo do que nos esperava), chegamos na 386, ano passado essa parte toda estava em obras e agora o asfalto é um tapete e há um acostamento considerável, ali ainda se via muita bicicleta e meu ritmo era bem bom, daria para fazer tempo e ter uma sobra nas partes críticas do trajeto, fui cadenciando uma velocidade de 30Km/h até chegar no Rosinha as 07:38, resolvi não perder muito tempo, carimbei o passaporte, fui ao banheiro, compra de um chocolate, comi uma banana, água reabastecida (comprei pastilhas isotônicas da Probiótica e é muito bom) e parti em direção a Estrela, essa parte do trajeto eu conheço de olhos fechados pois era onde treinava quando morei em Lajeado, muito bom pedalar por ali, o cheiro, o visual, mas a entrada da fábrica da Languiru continua a mesma coisa... cheguei na entrada para ir a Colinas e fui, tentei não diminuir o ritmo o negócio nessa hora era apertar o pedal para se parar na praça de Colinas e aproveitar a hospitalidade local, pois ali teríamos uma cuca que a prefeitura disponibilizaria, cheguei e novamente aproveitei para ir ao banheiro comi a cuca para dar uma enganada no estomago, água reabastecida e parti junto com Carlos Possenelo até Daltro Filho. No caminho fui pensando que o ritmo estava bem melhor do que imaginava e daria uma sobra legal para a chegada na subida Berlin.

Tudo tranquilo até Imigrante quando chegamos ao acesso para Daltro Filho, ali senti um desconforto acima do joelho direito, logo pensei que tinha forçado muito o ritmo e teria alguma lesão, sabe aquela dor gostosa que o acido lático dá no musculo...kkkkk lembrei do primeiro BRM que fiz e desisti, diminui a cadencia, fiz a parte mais critica da subida em zigue zague, o desconforto passou ai fui de boa. Chegando em Daltro Filho fui para o PC que era dentro do monastério....gente que lugar lindo, parece que estávamos na Europa.

Carimbei meu passaporte as 10:14, encontrei o Roni (grande amigo e um baita ciclista)com o estande da sua loja a PONTO DA BIKE fazendo a manutenção, passei na mesa para pegar meu sanduíche e tomar meu Frukito, tudo sendo servido pelo prefeito de IMIGRANTE o LELO (agora me diz onde se vai ver o PREFEITO da cidade recepcionando pessoal...ahhh em Colinas estava o prefeito também mas ele eu não conheço...kkk), ele era proprietário de um restaurante na cidade e era amigo de uns conhecidos, ele tirou uma foto comigo, me despedi dos conhecidos e me larguei.

Desci de Daltro filho planejando como seria o calvário na Berlin, pensei: vou fazer só o começo pedalando depois vou esticar as pernas, nessa hora lembrei da Suzana/Bruno, mais vale perder 15 minutos caminhando do que perder a prova, não me fiz de rogado e caminhei, conversei com uns e com o Trevisan que também estava subindo caminhando, derepente avistamos a vaca que o pessoal da organização tinham falado que estava solta pelo asfalto, kkkkkkk....pessoal do TEUTONIA CICLISMO se puxou, muito bom, naquele momento era tudo o que precisávamos, dar umas risadas pois o sol das 11:30 castigava, ao chegar no ponto de apoio o bendito picolé, comi uma banana, enchi minha caramanhola e fui em direção ao almoço no restaurante Borsoi.

Aqui o trajeto deu uma mudada em relação ao ano passado, fomos pela rota do Sol, onde o pedal simplesmente não flui, acostamento horrivel e por vezes tem que se pedalar pelo asfalto com um movimento considerável de carros, chegando na entrada de Boa Vista seria a parte diferente do trajeto do ano passado, pois até o Borsoi se subia sempre pela rota do sol e agora pegaríamos a parte por dentro de Boa Vista onde apenas se descia ali o asfalto é excelente e o movimento de carro é bem menor, o problema desta parte e´que são subidas, e depois da Berlin ter mais essa parte é de matar, mas como diz aquele ditado, quem está na chuva é para se molhar, toca bota no pedal. O bom que estávamos em um grupo com um ritmo parecido e o visual compensa, passamos por uma parte onde era o posto secreto no BRM 300 de São Leo, ali uns paralelepípedos, aqui fomos literalmente virando roda e até que enfim a rotula do Borsoi. Eram 12:51 quando carimbei o passaporte, fui ao banheiro, lavei o rosto para tirar o protetor solar, almocei uma galeto com polenta, queijo, e tomates e aquela coca cola amiga.. Na hora de pagar a conta lembrei do Brm do ano passado quando na hora de pagar a conta havia perdido meu cartão e tinha exatamente o valor do almoço e das aáguas que estava pegando, conta paga, água gelada, isotônico refeito, protetor solar renovado e partimos, agora tudo o que subimos por Boa Vista, descemos, pedal a mil até a rota do sol e ali fui no ritmo que as moedas do bolso ditavam (tirei isso de um relato e acho muito bom), nessa parte não quis forçar nada, fui bem de boa, por vezes aumentava a cadencia, muita velocidade nas descidas e como o movimento de carros estava fraco dava para ir de boa pelo asfalto, na chegada a rótula de teutonia parei para ir ao banheiro na policia rodoviária, aproveitei para filar uma água gelada deles, joguei um pouco de conversa fora e o policial que estava de plantão perguntou de onde eu era, falei que era de POA Zona Sul, ele tascou: VILA NOVA? Pqp o policia rodoviário de Teutonia conhecia o bairro onde eu moro, ele disse que no ano passado os policiais acharam uma speed atirada no meio do mato, havia caído de um porta bike, agora imaginem o desespero do cara o chegar em casa e não ver a bike...hahahahahhaha...sai do posto da policia e fui em direção ao posto da Pro Milk, aqui já não via a hora de chegar no PC.

Cheguei no PC por volta das 15:30, novamente fiz meu ritual de ida ao banheiro, comprar um chocolate e duas águas, comi uma banana, dei uma esticada nas pernas (como fui somente mantendo a cadencia, tentei não ficar muito tempo parado nos PC’s) sai em direção a Poço das Antas, e essa parte é um caso aparte....o lugar é muito legal, mas é um dos lugares mais chatos de se pedalar, simplesmente porque o pedal não flui, é cansaço, sol, encheção de saco e aquela dorzinha que não para... e por ai vai, fui fazendo cálculos, olhava para o GPS, e as subidas não terminavam, e nesse trajeto fui apenas apreciando a paisagem, ali meu gps deu o sinal de bateria fraca, como levei a bateria do meu Biolog Reecharge que havia comprado, seria o teste para ver se funcionava, e tudo uma maravilha.....não vai ter mais falta de bateria por um bom tempo nos pedais longos, cheguei ao ultimo PC as 17:18, comi uma salada de frutas, tomei uma coca, e parti em direção ao COLÉGIO TEUTONIA, a volta flui muito, acho que porque o cara não aguenta mais pedalar...e ali fui com o ritmo de volta aos 30 km/h e pensando de como seria chegada no colégio e ai a organização nos guardou uma surpresa para o final uma subida FDP...kkkk....cheguei eram 18h18m com um sentimento de dever cumprido e muito feliz e já prometendo para mim mesmo que nunca mais pedalo um BRM do Teutonia Ciclismo..HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Fica aqui os meus parabéns há todos os envolvidos na organização, um especial agradecimento ao BRUNO/SUZANA que estão a frente do projeto Teutonia Ciclismo, por todo o envolvimento com o BRM e espero que dure por muito tempo (pelo numero crescente de ciclistas acredito que não terá fim), meu agradecimento aos amigos que pedalaram junto e a Lucia que me acompanhou nessa empreitada, e digo em alto e bom som “EU VOLTEI”.


 

Abraços e até a próxima.

 

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