Audax Teutonia

 

 

Depois de vários treinos chegou o dia para o Audax de Teutonia, dei aquela descansada no sábado e aproveitei para fazer a regulagem na bike na AS (loja de bicicletas de Lajeado), limpeza básica na companheira de AUDAX e tudo pronto.

Depois de jantar e olhar uma pouco de TV, fui ao berço, acordei eram 4hrs da manhã, tomei um café e me fui para Teutonia.

Passando pelo posto da Promilk na rota do sol comecei a refazer o check list na cabeça e!!!!!!!!!!!!!!!! acabei esquecendo meu colete refletivo em casa, retorno feito e me toquei, minha previsão era chegar uma hora antes da largada, cheguei no Baviera na volta faltando uns 15 minutos.

Bike montada me vesti, tudo pronto e fui para o brete, passei pela vistoria e fiquei aguardando, logo em seguida começou a contagem regressiva, dada a largada partimos, como conhecia todo o trajeto fui em um ritmo bom. Nada no trajeto era novidade para mim, uma semana antes eu havia feito todo o trajeto, então toquei no ritmo que as pernas mandavam, sem forçar muito.

Esse primeiro trecho é muito foda, 99% do trajeto com asfalto lisinho, lisinho, só que não se anda em nada plano, sempre se anda fazendo força, algumas subidas e uma descida onde o ciclo marcou 75km/h, aqui tinha que se fazer um tempo bom e ao chegar na 386 era sentar a bota no pedal. Como já pedalei muito por ali aproveitei para manter um ritmo bom, média de velocidade de 23Km/h até que chegamos ao Rosinha, a infraestrutura montada pelo Teutonia Ciclismo muito show, não devendo em nada ao BRM de Floripa que fiz no começo do ano, que era disparado o melhor que eu já havia feito. Depois de carimbar o passaporte e encher as caramanholas,  encontrei o Erich Brack com quem pedalei 80Km no BRM 300 da SAC em Junho, depois de um pouco de conversa  parti do PC, novamente toquei um ritmo bom, minha preocupação era o perigo da subida antes do antigo pedágio e a subida após o mesmo, chegando ali a Policia Rodoviária estava dando uma ajuda, controlando o transito de carros para nós de bike atravesarmos a ponte, para minha surpresa essa parte foi bem de boa, a uma semana atras quando passei por ali o movimento era intenso e por isso a minha apreensão.

Passando por Fazenda Vila Nova o pedal fluía muito bem, nessa parte acompanhei alguns grupos, mas resolvi ir sozinho no meu ritmo. O tempo estava muito bom para se pedalar, um sol sem estar calor. Passando por Estrela resolvi apertar o ritmo, ali na 386 a velocidade era de 30Km/h até a entreda de Colinas, onde o pedal flui muito bem, nessa hora a média de velocidade era de 25Km/h.

Essa parte entre Colinas e Imigrante é sem comentários, o sonho de todo o ciclista, um asfalto estremamente liso com paisagens incríveis, passamos pela Sirlei chocolates e fomos em direção a Colinas a cidade dos jardins, no meio do caminho encontrei um passaporte no chão, peguei e fui na esperança de encontrar o dono mais a frente. Chegando em Colinas a Prefeitura da cidade nos recebeu com uma bandeja com cuca e biscoitos na praça da cidade, fui ao banheiro, enchi a caramanhola com água e sai procurando o dono do passaporte, até que o encontrei, seria muita sacanagem acordar as 4 da manhã pedalar 80Km até o PC e não acha - lo. Parti em direção a Daltro Filho e Imigrante, mas procurando uma farmácia, pois não tinha conseguido comprar o relaxante muscular que sempre tomo durante o trajeto, vale lembrar que em todas as paradas sempre tomo uma capsula de multi – vitamínico para repor o que se é gasto.

Novamente o ritmo era bom, acompanhei um casal que estava de speed em uma velocidade bem boa e depois de um tempo deixei os dois irem na minha frente, fiquei com medo de manter um  ritmo muito forte e acabar prejudicando a prova, pois estávamos recém na metade. Passando por Imigrante havia a subida até Daltro filho, subida forte, mas bem de boa de se levar e o visual que nos esperava era simplesmente lindo, a principio o PC seria no monastério, mas haveria retiro espiritual e acabamos parando na igreja ao lado do mesmo. Novamente a estrutura excelente, sanduiches, sucos, frutas e água, a parceria com as prefeituras foi de grande valia para o sucesso da prova. Depois de ter chegado lá em cima era a hora da descida, ai foi só curtição, mas o pior ainda estava por vir a subida da linha Berlin, ali uma galera empurrou a bike, para quem estava de mountain foi mais fácil mas para quem estava de speed com uma relação para velocidade  como no meu caso, foi torturante, na metade da subida acabei parando para respirar e tirar a malha, pois o calor era forte. Depois de respirar continuei e perto do final estranhei quando um participante desceu chupando um picolé. Chegando no PA que sugestivamente era ao lado de um cemitério havia um caminhão de sorvete e distribuição gratuita de picolés, aquilo foi um alento.

Sai dali em direção ao próximo PC no restaurante Borsoi, sempre sozinho, por vezes acabava pedalando com alguém, jogava um pouco de conversa fora, mas ia sempre sozinho, essa subida da 386 é cansativa, ainda mais depois do esforço de subir a linha Berlin, não há nada para se ver e o movimento de carros é intenso, faltando uns 10Km para o PC fui com um grupo.

Cheguei no PC com tempo de sobra,  carimbei o passaporte e fui em direção ao restaurante, como havia um sol estiquei minha malha na bike para secar o suor.

Entrei no restaurante, comi o galeto, junto com polenta e tomando o meu isotônico (não façam isso em casa), fui a banheiro, e aproveitei para comprar mais 2 isotonicos, cheguei no caixa e na hora de pagar, onde estava o meu cartão de debito? Putz, havia perdido, ainda bem que eu tinha exatamente o valor que o meu almoço e o isotônicos davam, enchi as caramanholas, coloquei a malha e fui em direção a Boa Vista, junto com um amigo de Porto Alegre, esse caminho é muito show, fiz ele de madrugada junto com o Erich Brack, e só de dia da para ver a loucura que foi descer aquilo a noite. Chegamos novamente na 386 e eu fui dosando o pedal, muita descida mas o acostamento é horrível e andar pela via era muito perigoso, nessa hora a cabeça começa a fazer cálculos e meu objetivo era chegar com o maior tempo possível de sobra no posto da Promilk. Depois de ter passado pela parte mais critica do trajeto apertei o pedal, muita bicileta pelo caminho, era bonito de ver.

Cheguei no posto da ProMilk e revi algumas pessoas que já havia pedalado em outros Audax, dali partimos para o ultimo PC e essa parte foi disparada a mais chata e a mais difícil de todo o trajeto pois além do desgaste físico o vento contra por quase toda a volta era muito chato.

Nessa parte do fui com esse grupo de amigos, e fomos contanto histórias até chegarmos ao PC que parecia que nunca iria chegar, o caminho é show, só que é um sobe desce dos infernos. Chegando no PC uma salada de frutas delicosa repos as energias,a conversa agora era como seria a volta. Partimos em um ritmo alucinante e pela primeira vez o vento não dificultou as coisas e foram exatos 18Km com velocidade acima dos 30Km/h.

Chegamos no Baviera e a felicidade foi grande, tenho que dizer que de todos os Audax que fiz esse foi disparado o mais difícil e desafiador, só faltou chover, e para finalizar depois de devidamente brevetado UM DELICIOSO CAFÉ COLONIAL.

Fica aqui os meus parabéns pela organização que foi simplesmente nota 10,  tudo foi incrivelmente bem planejado, não houve um momento de desorganização (que eu tenha visto claro), as pessoas envolvidas nos PC’s e nos PA’s sempre dispostas a ajudar.

Foi simplesmente um ótimo dia para acordar cedo, subir na bike e pedalar com desconhecidos que na realidade estão ali com o mesmo objeto que você, diversão e superação.

 

Até a próxima.